quinta-feira, 22 de março de 2012

Predicativo do Sujeito



O predicativo do sujeito qualifica ou classifica o sujeito no predicado através do verbo de ligação. 

Ex.: 

• Ontem eu estava cansada. 
• O bolo era de chocolate. 
• Marina continua alegre. 
• Vocês serão felizes. 

No predicativo do sujeito podem ocorrer verbos intransitivos ou verbos transitivos, além dos verbos de ligação. 

Ex.: 

Camila chegou feliz. (verbo intransitivo com predicativo do sujeito) 

Ele foi considerado inocente. (verbo transitivo com predicativo do sujeito) 

Os alunos fizeram a redação cuidadosamente. (Verbo transitivo indireto com predicativo do sujeito)

OBJETO INDIRETO


É o complemento do verbo acompanhado da preposição.
Ex. Preciso de dinheiro.
O verbo precisar pede complemento, pois quem precisa, precisa de alguma coisa.
De dinheiro é o complemento exigido pelo verbo. E está acompanhado da preposição de.
O verbo que pede complemento é chamado de Verbo transitivo indireto e o complemento desse verbo chama-se objeto indireto.
MAIS EXEMPLOS
Ele não gosta de televisão.(OI)
Gosto muito de animais.(OI)
Creio em Deus.(OI)
LEMBRANDO…
Preposições: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, para…

sexta-feira, 16 de março de 2012

Objeto Direto

OBJETO DIRETO

É o complemento do verbo sem o uso da preposição.
Ex. Comprei livros usados
O verbo comprar pede um complemento, pois quem compra, compra alguma coisa.Livros é o complemento exigido pelo verbo comprar e ele vem desacompanhado de preposição.
Todo verbo que pede complemento é chamado de transitivo. O complemento pode ou não vir acompanhado de preposição. Com preposição é chamado de objeto indireto, sem preposição é chamado de objeto direto.
No exemplo acima, o complemento vem sem preposição, logo é chamado de objeto direto.
OUTROS EXEMPLOS
Eu li o livro pela 3ª vez.
O livro é o Objeto Direto. Sem preposição.
OBS: O verbo ler também pode ser transitivo indireto e transitivo direto. Porém para uma análise mais correta é preciso observar a frase em questão e na frase acima o verbo ler é transitivo direto pedindo objeto direto.
Eu terminei o dever de casa.
O dever de casa é o Objeto Direto. Sem preposição.
Eu vendia livros.
Livros é o Objeto Direto. Sem preposição.

Adjunto Adverbial

Adjunto adverbial é o termo da oração que se refere ao adjetivoverbo ou outro advérbio. Tem a mesma função de advérbio.
Exemplos:
Não serei substituído por um trapaceiro.
Não -> refere-se ao verbo
- O avião decolou bem rapidamente.
Bem -> refere-se a outro advérbio
- Paulo é muito vagaroso.
Muito -> refere-se ao adjetivo
ADJUNTO ADVERBIAL
De afirmação
Sim, com certeza, deveras etc.
De assunto
Sobre política, sobre time, etc.
De causa
Por necessidade etc.
De companhia
Com meus irmãos etc.
De concessão
Apesar etc.
De dúvida
Talvez, porventura, quiçá, acaso etc.
De lugar
Aqui, ali, acolá, abaixo, atrás, dentro, lá etc.
De instrumento
Com a pá etc.
De intensidade
Muito, pouco, *bastante, mais, tão, quão etc.
De matéria
Com mármore etc.
De meio
De ônibus, de carro etc.
De modo
Bem, mal, devagar, depressa, palavra + mente: carinhosamente, educadamente etc.
De negação
Não, em hipótese alguma etc.
De tempo
Ontem, hoje, agora, cedo, tarde, breve etc.
(*) “bastante” pode ou não ser advérbio depende da frase.
Exemplos:
- Têm bastantes homens. (adjetivo)
- Corri bastante. (advérbio)

Adjunto Adnominal

Adjunto Adnominal
É o termo da oração que sempre se refere a um substantivo. Vem representado por artigos, adjetivos, locuções adjetivas, pronomes adjetivos e numerais. Os adjuntos adnominais modificam o substantivo, qualquer que seja a função que ele exerça na oração.
Exemplos
1) Adjetivos
- O alegre espetáculo começou tarde.
Alegre: Adjunto Adnominal
Espetáculo: Substantivos
- Meninos tristes chegaram.
Tristes: Adjunto Adnominal
Meninos: Substantivos
- As construções antigas eram mais trabalhadas artisticamente.
Antigas: Adjunto Adnominal
Construções: Substantivos
2) LOCUÇÕES ADJETIVAS
Era uma noite de inverno.
De inverno: hibernal
Noite: subst.
De inverno: AA (Loc. Adj.)
3)PRONOMES ADJETIVOS
Você pegou meu livro.
Meu: AA
Livro: Subst.
4) NUMERAIS
Conheço aqueles dois alunos.
Dois: AA
5) ARTIGO
Onde estão os alunos?
Os: AA
Alunos: Subst.
Os fogos iluminavam a noite.
Os: AA
A: AA
Conheci umas pessoas maravilhosas
Umas: AA
O meu estimado vizinho comprou dois papagaios.
O/ meu/ estimado/ dois: adjuntos adnominais
Vizinho/ papagaio: substantivos
As pipas coloridas contrastavam com o céu azul.
As/ coloridas/ o/ azul: AA
Pipas/ céu: subst.
RELEMBRANDO
LOCUÇÃO ADJETIVA
Lembrando: Locução adjetiva é a expressão que exerce a função de um adjetivo.
Noite de tempestade: noite tempestuosa
Pessoa com fome: pessoa faminta
PRONOME ADJETIVO
Lembrando: O pronome adj. acompanha o subst. com o qual se relaciona.
Trouxe o meu livro.
Meu:Pron. Adj.
Livro: subst.
Alguns alunos estudam o suficiente.
Alguns: PA
Alunos: subst.
BIBLIOGRAFIA
PASCHOALIN & SPADOTO
Gramática: Teoria e Exercícios
São Paulo. FTD S.A,1996.
SACCONI, Luiz Antônio
Gramática Essencial da Língua Portuguesa
São Paulo. Atual,1989.
TUFANO,Douglas
Estudos de Língua Portuguesa: Gramática
São Paulo. Moderna,1990
TERRA,Ernani
Curso Prático de Gramática
São Paulo.Scipione,1991.

Predicado e Transitividade Verbal

Predicado

É tudo o que se fala do sujeito. Para estudar o predicado  é precisoconhecer algumas noções de predicação verbal.
Há verbos que expressam ação (chamados de significativos). São eles:
- Verbo transitivo direto
- Verbo transitivo indireto
- Verbo transitivo direto e indireto
- Verbo intransitivo
Há verbos que expressam estado e que são chamados de verbos de ligação.
VERBOS TRANSITIVOS
São aqueles que não trazem em si a idéia completa da ação, necessitam de um outro termo para completar o seu sentido. Esse outro termo é chamado de objeto.
Os verbos transitivos podem ser:
- Transitivos diretos
- Transitivos indiretos
- Transitivos diretos e indiretos
TRANSITIVOS DIRETOS
Existe uma transição direta entre a ação e o complemento, não existe nenhuma “ponte” (preposição).
- Poucos viram o cometa Halley.
Viram: verbo transitivo direto
O cometa Halley: objeto direto
- Os feirantes tiveram lucro.
Tiveram: VTD
Lucro: OD
- Derrubaram a velha casa.
Derrubaram: VTD
A velha casa: OD
TRANSITIVO INDIRETO
A ação transita indiretamente para o complemento, ou seja, ela precisa de uma “ponte”, uma ligação. Esta ligação é feita através da preposição.
- Todos nós precisamos de respeito.
Precisamos: VTI
De: preposição
De respeito: objeto indireto
Eu acredito em Deus.
Acredito: VTI
Em Deus: OI
TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO
A ação transita para o complemento direta e indiretamente. Ou seja, existem dois complementos, um sem “ponte” (preposição) e outro com “ponte” (preposição).
- As crianças receberam elogios de seus pais.
Receberam: VTDI
Elogios: OD
De seus pais: OI
INTRANSITIVOS
São verbos que não precisam de complementos.
- Ele morreu.
- A criança chora.
- As folhas caem.
O verbo intransitivo pode aparecer combinado com palavras ou expressões que indiquem tempo, lugar, modo, etc, são os chamados adjuntos adverbiais.
- Ele morreu hoje.
Hoje: adj. adv. de tempo.
VERBOS DE LIGAÇÃO
São eles: ser, estar, parecer, permanecer, ficar, continuar.
- O garoto permaneceu calado.
Permaneceu: verbo de ligação
Calado: predicativo do sujeito
São verbos que não indicam ação e sim estado.
- Ela ficou bonita.
- Ele vive perfumado.
- Juli continua doente.
OBSERVAÇÕES
Um mesmo verbo pode aparecer como transitivo ou intransitivo.
- A criança dormiu. (verbo intransitivo)
- A criança dormiu um sono tranqüilo. (aqui o verbo “dormir” é transitivo direto, e “um sono tranqüilo” é objeto direto)
Um mesmo verbo pode aparecer como intransitivo ou de ligação.
- Ele anda todas as manhãs. (ação)
- Ele anda nervoso. (estado)
TIPOS DE PREDICADO
- Verbal
- Nominal
- Verbo-nominal
PREDICADO VERBAL
É aquele que indica ação. O núcleo (palavra mais importante) do predicado verbal é o verbo (transitivo ou intransitivo).
- Dois pescadores conversam. (predicado verbal)
- O trem chegou à estação. (predicado verbal)
PREDICADO NOMINAL
É aquele que informa um estado do sujeito. Nesse tipo de predicado aparece sempre o verbo de ligação e o predicativo do sujeito (tudo que se fala do sujeito).
- As crianças parecem tristes.
Parece: VL
Tristes: predicativo do sujeito.
O núcleo do predicado nominal é o predicativo do sujeito.
PREDICADO VERBO NOMINAL
Informa ação e estado.
- Os operários chegaram cansados.
Chegaram: ação
Cansados: estado
- O trem chegou atrasado à estação.
Chegou: ação
Atrasado: estado
- A criança brincava distraída.
Brincava: ação
Distraída: estado
Resumo final:
VERBOS
TRANSITIVOS
- Diretos
- Indiretos
- Diretos e indiretos
INTRANSITIVOS
DE LIGAÇÃO
PREDICADO
- Verbal
- Nominal
- Verbo-nominal

Sujeito

A função sintática que denominamos sujeito, é um termo essencial da frase e pode se comportar de várias maneiras, dependendo da intenção da mesma: agente, experienciador, paciente, etc.
O sujeito tem a característica de concordar com o verbo, salvo raríssimas exceções.
Vejamos agora quais os tipos de sujeito existentes e como eles são caracterizados para que possamos identificá-los.

Sujeito Simples: possui apenas um núcleo e este vem exposto.
Exemplos:
Deus é perfeito!
A cegueira lhe torturava os últimos dias de vida.
- Pastavam vacas brancas e malhadas.

Sujeito Composto: possui dois ou mais núcleos que também vêm expressos na oração.
Exemplos:
As vacas brancas e os touros pretos pastavam.
A cegueira e a pobreza lhe torturavam os últimos dias de vida.
Fome e desidratação são agravantes das doenças daquele povo.

Sujeito Oculto: também chamado de sujeito elíptico ou desinencial, é determinado pela desinência verbal e não aparece explícito na frase. Dá-se por isso o nome de sujeito implícito.
Exemplos:
- Estamos sempre alertas para com os aumentos abusivos de preços. (sujeito: nós)
- Quero que meus pais cheguem de viagem o mais rápido possível. (sujeito: eu)
- Os pais terminaram a reunião. Foram embora logo em seguida. (sujeito: os pais - oculto apenas na segunda frase)

Sujeito Indeterminado: Este tipo de sujeito não aparece explícito na oração por ser impossível determiná-lo, apesar disso, sabe-se que existe um agente ou experienciador da ação verbal.
Exemplos:
1- verbo na 3ª pessoa do plural
- Dizem que a família está falindo. (alguém diz, mas não se sabe quem)
- Disseram que morreu do coração.
2- verbo na 3ª pessoa do singular + se, índice de indeterminação do sujeito
- Precisa-se de mão de obra especializada. (não se pode determinar quem precisa)

Sujeito inexistente: também chamado de oração sem sujeito, é designado por verbos que não correspondem a uma ação, como fenômenos da natureza, entre outros.
Exemplos:
1- Verbos indicando Fenômeno da Natureza
- Choveu na Argentina e fez sol no Brasil.
2- verbo haver no sentido de existir ou ocorrer
- Houve um grave acidente na avenida principal.
- Há pessoas que não valorizam a vida.
3- verbo fazer indicando tempo ou clima
- Faz meses que não a vejo.
- Faz sempre frio nessa região do estado.

terça-feira, 13 de março de 2012

VOZES VERBAIS

Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica, ou recebe, ou pratica e recebe a ação verbal.
Voz Ativa
Quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal ou participa ativamente de um fato.
Ex.
·         As meninas exigiram a presença da diretora.
·         A torcida aplaudiu os jogadores.
·         O médico cometeu um erro terrível.
Voz Passiva
Quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal.
A) Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo direto, pronome se (partícula apassivadora) e sujeito paciente.
Ex.
·         Entregam-se encomendas.
·         Alugam-se casas.
·         Compram-se roupas usadas.
B) Voz Passiva Analítica
A voz passiva analítica é formada por sujeito paciente, verbo auxiliar ser ou estar, verbo principal indicador de ação no particípio - ambos formam locução verbal passiva - e agente da passiva. Veja mais detalhes aqui.
Ex.
·         As encomendas foram entregues pelo próprio diretor.
·         As casas foram alugadas pela imobiliária.
·         As roupas foram compradas por uma elegante senhora.
Voz Reflexiva
Há dois tipos de voz reflexiva:
A) Reflexiva
Será chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo.
Ex.
·         Carla machucou-se.
·         Felipe cortou-se com a faca.
·         Roberto matou-se.
B) Reflexiva recíproca
Será chamada de reflexiva recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro.
Ex.
·         Paula e Renato amam-se.
·         Os jovens agrediram-se durante a festa.
·         Os ônibus chocaram-se violentamente.
Passagem da ativa para a passiva e vice-versa
Para efetivar a transformação da ativa para a passiva e vice-versa, procede-se da seguinte maneira:
  1. O sujeito da voz ativa passará a ser o agente da passiva.
  2. O objeto direto da voz ativa passará a ser o sujeito da voz passiva.
  3. Na passiva, o verbo ser estará no mesmo tempo e modo do verbo transitivo direto da ativa.
  4. Na voz passiva, o verbo transitivo direto ficará no particípio.
Voz ativa
A torcida aplaudiu os jogadores.
·         Sujeito = a torcida.
·         Verbo transitivo direto = aplaudiu.
·         Objeto direto = os jogadores.
Voz passiva
Os jogadores foram aplaudidos pela torcida.
·         Sujeito = os jogadores.
·         Locução verbal passiva = foram aplaudidos.
·         Agente da passiva = pela torcida.



sábado, 10 de março de 2012

Dica

Meus queridos alunos dos sextos anos: acessem o Blog do Lelê - trabalhamos um dos seus textos em nosso livro Araribá. Dei uma olhada e tem muitos textos bem legais...

Fica a dica

http://blogdolele.blog.uol.com.br
O suor e a lágrima
Carlos Heitor Cony

Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o vôo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

O engraxate era gordo e estava com calor — o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se — caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim, por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

O texto acima foi publicado no jornal “Folha de São Paulo”, edição de 19/02/2001, e faz parte do livro “Figuras do Brasil – 80 autores em 80 anos de Folha”, Publifolhas – São Paulo, 2001, pág. 319, organização de Arthur Nestrovski.

O menino das meias vermelhas

Todos os dias, ele ia para o colégio com meias vermelhas.
Era um garoto triste, procurava estudar muito mas na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa. Os outros guris zombavam dele, implicavam com as meias vermelhas que ele usava.

Um dia, perguntaram porque o menino das meias vermelhas só usava meias vermelhas.
Ele contou com simplicidade:
- "No ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo. Botou em mim essas meias vermelhas. Eu reclamei, comecei a chorar, disse que todo mundo ia zombar de mim por causa das meias vermelhas. Mas ela disse que se me perdesse, bastaria olhar para o chão e quando visse um menino de meias vermelhas saberia que o filho era dela".

Os garotos retrucaram:
- "Você não está num circo! Porque não tira essas meias vermelhas e joga fora?"

Mas o menino das meias vermelhas explicou:
- "É que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora. Por isso eu continuo usando essas meias vermelhas. Quando ela passar por mim vai me encontrar e me levará com ela".
- Carlos Heitor Cony -
O  menino das meias vermelhas