Aposto
A rosa, símbolo da paixão, é uma flor linda.
Essa oração também poderia ter sido dita da seguinte maneira, mais simples:
"A rosa é uma flor linda". Seria fácil analisá-la sintaticamente.
A rosa = sujeito
é = verbo de ligação
uma flor linda = predicativo do sujeito
Temos uma oração completa. Entretanto, ao adicionar "símbolo da
paixão" à oração, ganhamos uma "explicação" a mais. É esse o
papel do aposto.
No famoso "Soneto de Fidelidade", o poeta Vinícius de Moraes refere-se à morte e à
solidão da seguinte maneira:
a morte, angústia de quem vive
aposto
a solidão, fim de quem ama
aposto
O poeta está definindo a morte e a solidão. Na maior parte dos casos, o aposto
tem um sentido explicativo. Ele busca dar maior precisão ao termo que o
antecede, explicando melhor o que foi dito anteriormente.
Vamos apreciar mais alguns exemplos de aposto.
Todos conhecem Vinícius de Moraes, o
poeta.
Cleópatra, a rainha do Egito, era excêntrica. |
Note agora um fato interessantíssimo. O aposto simplesmente tem a mesma função do termo que o antecede. Nos exemplos acima, Vinícius de Morais seria objeto direto e rainha do Egito seria sujeito.
Esquematizando:
Todos conhecem Vinícius de
Moraes, o poeta.
objeto Cleópatra, a rainha do Egito, era excêntrica. sujeito |
Vamos conhecer alguns outros tipos específicos de aposto:
Ele pode ser uma enumeração:
O banho perfumado pede três ingredientes: rosas vermelhas, óleo de sândalo e cravo da índia
Pode ser um resumo do que foi dito anteriormente:
Rosas brancas, vermelhas, champagne, amarelas, cor-de-rosa, todas têm sua beleza especial
O aposto também pode ser uma comparação:
Suas face, petálas de rosa , são deliciadas e suaves.
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